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Windows 7 Pecados

Com o Windows 7, a Microsoft está impondo controle legal sobre o seu computador e está usando este poder para abusar de usuários de computadores.

Educação

"Dê um peixe a um homem e você o alimentará por um dia. Ensine-o a pescar e você o alimentará por toda a vida."

Cada vez mais, os computadores devem ser ferramentas úteis na educação das nossas crianças. Mas hoje, a maioria das crianças cuja educação envolve computadores estão sendo ensinadas a usar o produto de uma empresa: Microsoft — Microsoft gasta grandes somas de dinheiro em lobbies e marketing para obter o apoio dos serviços de educação.

Como o software proprietário ataca a educação

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A educação das crianças representa uma fonte de receita importante para a Microsoft, e é uma oportunidade estratégica para inserir seus produtos na vida dos futuros adultos. Ao estimular as escolas a ensinar seus alunos utilizando o Windows e seus softwares associados, a Microsoft também pode fazer com que os pais dos alunos sintam-se obrigados a providenciar o mesmo software em casa. Onde mais vemos uma corporação capaz de colocar os seus materiais de marketing e marcas corporativas na frente das crianças como requisitos básicos desta maneira?

Muitos estados norte-americanos se orgulham de como eles estão cooperando com a Microsoft, ignorando ou não compreendendo a influência corrupta da aceitação dos presentes oferecidos a seus governos por esta mega-corporação. Porquê os softwares da Microsoft são proprietários, são incompatíveis com a educação — os usuários são simplesmente consumidores passivos com suas interações com o Windows, logo são legalmente proibidos de adaptar o software para resolver um problema particular, ou de satisfazer uma curiosidade intelectual, examinando o seu código-fonte. A educação digital deveria ser um meio para a liberdade e autonomia, não uma avenida para uma corporação impor o seu monopólio através de sua doutrinação.

Software livre, por outro lado, oferece às crianças um caminho para a capacitação, incentivando-os a explorar e aprender. Nenhuma outra promessa de educação utilizando software livre foi mais significante que o projeto One Laptop Per Child (OLPC). Lançado pelo professor Nicholas Negroponte (MIT) em 2003, o OLPC foi projetado para levar as crianças ao redor do mundo uma educação avançada utilizando a combinação de tecnologia da informação e liberdade. O projeto teve como objetivo produzir dispositivos de baixo custo (começando com um chamado XO), de modo que milhões de crianças poderiam acessá-los, com software livre, então eles teriam as liberdades fundamentais para explorar e compartilhar seu software.

Em seguida, sob pressão da Microsoft, Negroponte afastou o projeto de seu compromisso com a liberdade e anunciou que a máquina poderia também ser uma plataforma para a execução do sistema operacional não-livre Windows XP.

A Microsoft não é a única ameaça à educação — Adobe e Apple estão ambas firmemente ligadas à educação, apoiadas no Windows. Os softwares proprietários Flash e Shockwave, da Adobe; e QuickTime e iTunes, da Apple são amplamente utilizados por softwares educativos.

A Microsoft está mirando agora os governos que estão comprando XOs, na tentativa de levá-los a substituir o software livre pelo Windows. Resta saber até que ponto a Microsoft irá chegar. Mas com toda essa pressão, a Microsoft tem prejudicado um projeto que já distribuiu mais de 1 milhão de laptops rodando software livre, e teve como objetivo a plataforma de baixo custo como uma maneira de tornar crianças pobres ao redor do mundo independentes de seus produtos. A OLPC ameaça tornar-se um outro exemplo da forma como a Microsoft convence governos ao redor do mundo que uma educação digital deve se sinônimo de uma educação usando Windows. Para evitar isso, é vital que trabalhemos para aumentar a consciência global do mal que o envolvimento da Microsoft faz para a educação de nossas crianças. Um belo modo de fazer isso é baixando o Sugar e ajudar uma criança em sua experiência local com software livre.

Como o software livre resiste a isso? Liberdade 1: A liberdade de estudar como o programa funciona e alterá-lo para ele fazer o que quiser.

Leitura complementar: Porquê as escolas devem usar exclusivamente software livre

Microsoft ama DRM.

Digital Restrictions Management (Gestão de Direitos Digitais) são medidas tecnológicas que restringem o que os usuários de computadores podem fazer. DRM estão estabelecidos no coração do Windows 7, e muitos serviços da Microsoft impõem DRM para seus usuários. Em alguns casos, a Microsoft adicionou estas restrições por ordem das emissoras de TV , Hollywood e a indústria fonográfica. Em outros casos, os DRM da Microsoft vão além das necessidades dessas companhias, sugerindo que a Microsoft está usando DRM simplesmente para criar aprisionamento de usuários. Se a Microsoft está conspirando com a indústria do entretenimento ou promovendo o DRM em benefício próprio, não faz diferença para os usuários de softwares...

Usando Windows 7, você oferece controle de seu PC para a mídia.

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O medo monomaníaco da indútria do entretenimento é que pessoas compartilhem mídia digital com seus amigos, construindo uma biblioteca pública de trabalhos culturais. Bibliotecas públicas são instituições maravilhosas, e em uma era digital tornam-se quase milagrosas: podemos agora fornecer acesso universal ao conhecimento e cultura humana—ou pelo menos alguma coisa que seja publicada—a pouco ou nenhum custo. O incrível é que é quase automático: uma vez que pessoas podem compartilhar livremente com seus amigos por uma rede global, você obtém uma biblioteca pública digital. Redes P2P (ponto-a-ponto) são um exemplo de uma biblioteca digital, e a web é outro. O valor destas bibliotecas para o público é histórico e imensurável. Mas a indústria do entretenimento serve seus acionistas, e não o público, e estão muito dispostas a destruir desde o início qualquer recurso público que possa interferir com seus próprios interesses. O computador pessoal foi criado desde o início para o compartilhamento de informação de maneira rápida e fácil, então para a indústria do entretenimento restringir o compartilhamento, precisa da total cooperação de fabricantes de softwares dos níveis mais elevados. Aqui entra a Microsoft.

Com o fim de evitar completamente o compartilhamento, a indústria do entretenimento precisa da Microsoft para fazer duas coisas:

  • Primeiro, eles tiveram que assegurar que um sinal digital de saída estará tão bloqueado quanto o arquivo de música ou filme com DRM. Caso contrário você poderia simplesmente executar um vídeo em seu computador para saída em outro dispositivo (como sua câmera digital) e ativar a gravação. Então o Windows, quando executar um arquivo com DRM, precisa constantemente verificar para ter certeza que qualquer dispositivo conectado está cooperando com o esquema do DRM. Está anti-funcionalidade é chamada de Protected Media Path. A Microsoft a introduziu com o Vista, e continua no Windows 7.

  • Segundo, indústria do entretenimento precisou da Microsoft para evitar que outros programas observem o processo de excecução e interceptem o áudio e vídeo sem decodificação. Afinal de contas, ainda é seu computador, e (por mais que a indústria do entretenimento odeie isso) você pode instalar e executar qualquer aplicação que queira. Vista e Windows 7 fecham essa "brecha jurídica" monitorando todas as aplicações em execução sempre que uma arquivo de mídia com DRM está tocando. Se o Vista ou Windows 7 detecta uma aplicação sem aprovação sendo executada sem segundo plano, sua música ou vídeo irá simplesmente parar de tocar. Na prática, a codificação na maioria dos esquemas de DRM (incluindo DVD e Blu-ray) tem sido "craqueadas", e cópias livres de DRM de qualquer trechos de filmes ou músicas estão disponíveis na Internet. Mas usuários do Windows 7 e Vista ainda tem código sendo executado em seus computadores—todo o tempo—que está tentando limitar seu direito básico de compartilhar mídia com outras pessoas e construir bibliotecas.

Estas restrições foram mais longe do que muitos esperavam. Por exemplo, a pedido da NBC, a Microsoft previne que usuários do Windows Media Center possam gravar programas de televisão que a NBC não autorizou, embora esse tipo de gravação seja um recurso incluído no Windows Media Center. Eles alegaram que só estão seguindo os regulamentos da FCC (sigla para Comissão Federal de Comunicações dos EE.UU), embora a Segunda Vara de Apelações da justiça norte-americana tenha setenciado que a FCC não tem autoridade para outorgar tais regulamentos.

A Microsoft inclusive adicionou DRM em contextos onde a indústria do entretenimento tinham desistido. Este ano, após cada uma das maiores lojas de música online desistirem do DRM, a Microsoft lançou uma loja de música para celulares com DRM incluído — este serviço de música tem uma limitação particularmente encantadora: muitas pessoas trocam de celular a cada 6 meses a um ano, mas não há como transferir músicas de um celular para outro. Se você trocar de telefone a cada 6 meses, então você perderá suas músicas a cada seis meses. Mas o mais importante, esse é um nível de DRM que a indústria do entretenimento não estão mais exigindo, indicando que a Microsoft tem sua própria finalidade em promover o DRM: aprisionamento de usuários. Porque DRM cria incompatibilidade artificial, é uma ferramenta perfeita para usuários, de subordinação de um serviço para um produto particular. Quando pessoas compram música de um serviço da Microsoft, elas não podem usar nenhum outro tocador de música (como o iPod, por exemplo). Mesmo quando a Microsoft lançou seu próprio tocador de música "Zune", o Zune não tocou faixas com o DRM "Plays for Sure" da Microsoft vendido por outros serviços de música (incluindo o URGE Music Service incluído no Windows Media Player 11). Pressão da indústria do entretenimento não é a única razão da Microsoft para impor o DRM; aprisionamento de usuários é central para a estratégia de negócio da Microsoft e DRM é um grande modo de perseguir isso.

A Microsoft não é a única empresa culpada por isso. A Apple, via seu software iTunes, e seu Macintosh, iPod, iPhone e dispositivos de TV Apple também impõe DRM para os usuários. Adobe e Sony também impõem DRM para os usuários. Mas a Microsoft é um usuário particularmente agressivo de DRM, e a integração do DRM nos mais profundos níveis do Windows 7 é a razão chave para não comprá-lo.

Software livre, naturalmente, não oferece suporte ao DRM — se o DRM foi adicionado em um software livre, os usuários e desenvolvedores trabalhariam em torno disso e o removeria.

Leitura complementar: Opondo-se ao DRM

Segurança

"A segurança do seu computador e rede depende de duas coisas: o que fazer para proteger o seu computador e rede, e o que todo mundo faz para proteger seus computadores e redes. Não é o suficiente para você manter uma rede segura. Se outras pessoas não mantiverem a sua segurança, todos nós estamos mais vulneráveis a ataques. Quando os muitos computadores inseguros estão conectados à Internet, worms se espalham mais rápido e mais amplamente, ataques de negação de serviço (DoS) distribuídos são mais fáceis serem lançados, e os spammers têm mais plataformas para enviar e-mails. Quanto mais computadores inseguros em média na Internet, mais inseguro o seu computador está."

-- Bruce Schneier

Software proprietário é menos seguro que software livre

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Mas como você sabe se o seu computador é seguro? Se você está usando software proprietário, você não sabe! Com software livre, mesmo se você não tiver as abilidades para avaliar o software, você pode ter a certeza que alguém mais tem.

O Windows tem uma longa história de vulnerabilidades de segurança, permitindo a disseminação de vírus e permitindo que usuários remotos assumam o controle dos computadores das pessoas para usá-los como disseminadores de spam (botnets). Como o software é secreto, todos os usuários são dependentes da Microsoft para corrigir esses problemas -- mas a Microsoft tem seus próprios interesses de segurança, não de seus usuários.

Em 2005, foi descoberta uma vulnerabilidade que afeta todas as versões do Windows desde o Windows 3.0, lançado em 1990 até o Windows Server 2003 R2 lançado em dezembro de 2005, com o XP e versões posteriores sendo as mais afetadas. O problema afeta o formato de imagem Windows Metafile, um formato comumente usado para clip-art e outras imagens vetoriais. Arquivos contendo instruções maliciosas, permitem que usuários arbitrários executem suas funções quando a imagem for visualizada.

Pesquisador em segurança, Steve Gibson, acredita que a falha pode ser intencional, também.

As situações onde os arquivos são visualizados são várias:

  • Visualizando um website no Internet Explorer.
  • Pré-visualizando uma imagem em seu desktop ou usando o Windows Explorer.
  • Pré-visualizando um e-mail infectado no Microsoft Outlook ou Outlook Express.

A Microsoft ainda introduziu uma nova classe de malware, vírus de macro -- permitindo planilhas aparentemente inócuas e documentos de texto conterem códigos de programação maliciosos no Microsoft Office.

Parte do problema de segurança do Windows vem do fato de que, por padrão, as contas de administrador são usados por muitas aplicações -- essas contas de administrador também permitem malwares atacarem o sistema operacional.

Em software livre isso seria tratado como um problema técnico e um problema social -- se o software precisa fazer operações como um administrador, ele precisa de uma boa razão para fazê-lo, e se isso impede que os usuários façam o trabalho sem risco a sua privacidade e segurança, é anti-social.

Monopólio da Microsoft

A Microsoft foi considerada culpada de comportamento monopolista em todo o mundo. Com o Windows Vista, a Microsoft trabalhou com fabricantes de PC para aumentar significativamente as especificações de hardware para usuário de nível padrão, levando as pessoas a exigir novos computadores para executar o sistema operacional atualizado.

O monopólio da Microsoft afeta sua liberdade

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Versões anteriores do Windows 3.1, com base em uma versão básica do sistema operacional DOS exibiriam um erro se um DOS não fabricado pela Microsoft, como o DR-DOS da Digital Research, fosse detectado. Em um ponto, o CEO da Microsoft, Bill Gates, em um memorando interno disse: "Você nunca me enviou uma resposta sobre a questão de o que um aplicativo faria se devesse ser executado com o MS-DOS e não com o DR-DOS. Existe alguma característica deles que pode ficar no nosso caminho?". O vice-presidente sênior da Microsoft Brad Silverberg mais tarde enviou outro memorando, dizendo: "O que [usuário] deveria fazer é se sentir desconfortável, e quando ele tem bugs, suspeitar que o problema é DR-DOS e, em seguida, sair para comprar-MS DOS".

Recentemente a Microsoft tentou vender um monte de patentes que poderiam ameaçar o GNU/Linux e patentes trolls, mas as patentes eram eventualmente adquiridas pela Open Innovation Network, um grupo de patentes para proteger o software livre.

Em meses recentes, vimos que a Amazon.co.uk está começando a fazer restituições do Windows rápido e fácil para usuários do GNU/Linux que compram netbooks. Se isso vai tornar-se uma tendência crescente, quem sabe?

Pior, a maioria dos fabricantes de PC ainda não lhe oferecem a oportunidade de comprar uma máquina sem Windows.

Bill Gates to Jesus: "I'm sorry, Mr. Christ. You're only licensed for five loaves of bread and two fish."

“Me desculpe, Sr. Cristo. Você só está licenciado para pegar cinco pães e dois peixes.”

Tradicionalmente, montar sua própria máquina foi uma maneira de contornar o imposto Windows. A Microsoft conseguiu ferir este direito também. Sites como NewEgg tem muitos dos seus melhores negócios vinculados à aquisição de uma cópia OEM do Windows, penalizando aqueles que procuram ativamente evitar a Microsoft e outras empresas de software proprietário em nome da liberdade.

O monopólio do Windows não é limitado apenas à influência direta dos produtos da Microsoft: muitos fabricantes de computadores só enviam máquinas com Windows, porque lidam com a agregação de outras empresas de software, carregam a máquina com uma variedade de software proprietário, incluindo ofertas trial por provedores de Internet e outros junkwares.

O software livre não tem esse problema: Não pode haver um monopólio de software livre, porque todo mundo tem o código-fonte e todo mundo pode mudar o software e distribuir versões modificadas. Enquanto alguns grandes fabricantes de PC estão flertando com a idéia de vender máquinas rodando GNU/Linux, todos os principais fabricantes de PCs ainda estão defendendo fortemente o uso de software proprietário, por força de suas relações com a Microsoft.

Leitura complementar: O processo anti-truste da Microsoft e o Software Livre

Microsoft se opõe a padrões...

Padrões são importantes. Com os padrões, os usuários de plataformas de computação diferentes podem compartilhar informações. Além disso, eliminam as barreiras impostas aos usuários pelo aprisionamento de vendedores. Isso é mais comum na área de documentos de escritório, onde governos inteiros, tanto a nível estadual quanto nacional, tem tomado decisões baseadas no futuro acesso a suas informações.

O ataque da Microsoft contra o OpenDocument

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A Microsoft está tentando bloquear um formato estabelecido, livre e aberto promovendo fortemente outro que eles têm muito mais controle sobre, e estão usando todo o poder de lobby para tentar agilizar o processo de normalização, destruindo a reputação de órgãos de normatização, com os quais busca a aprovação. A Microsoft desafia as normas existentes para o formato OpenDocument para documentos de escritório com o seu próprio formato OpenXML, que especificamente implementa Microsoft Office, ao invés de uma norma mais geral.

Ao contrário do OpenDocument, que é bem suportado e multi-plataforma, o formato da Microsoft é apenas suportado por um software proprietário de um fornecedor, e porque foi concebido para implementar cada bug, glitch e característica histórica do software Microsoft Office. A especificação para implementar OOXML é mais de 6000 páginas, o que torna muito difícil para outro software para implementar o formato.

Documentos de escritório não são a única área onde a Microsoft tem atentado contra os padrões. A Microsoft abusou da sua posição de monopólio na internet, fazendo o seu navegador Internet Explorer suportar apenas um subconjunto das normas de publicação na web, enquanto a apresentação aos usuários é inferior quando um navegador alternativo é usado. Na Europa, a Microsoft foi obrigada a oferecer uma tela de opções de navegadores alternativos ao usuário após a instalação do Windows 7 para forçar o fim do monopólio do navegador da Microsoft.

Com formatos livres, é importante garatir que você está usando software livres também. Formatos livres não podem se desculpar por danos causador por software proprietário.

Estratégia de aprisionamento da Microsoft

"Adotar, extender e extinguir" -- isso é como a Microsoft descreve sua estratégia para aprisionar seus usuários em extensões proprietárias nos padrões.

Microsoft gera dependência sobre seus softwares secretos

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A Microsoft regularmente tenta forçar atualizações a seus clientes, removendo suporte para versões antigas do Windows e Office, enquanto muda o formato dos arquivos usados em suas aplicações desktop, deixando muitas empresas em uma posição onde elas são forçadas a atualizar para continuar a usar o software e os formatos de documentos que eles investiram tempo.

Removendo o suporte dos sistemas operacionais e outros softwares, como o Microsoft Office, a Microsoft deixa empresas sem escolha a não ser atualizar para versões mais atuais de seus softwares. Versões mais atuais de software tem formatos de arquivo com diferenças das versões anteriores, forçando empresas que mudam esses documentos a também atualizarem. Além disso, algumas aplicações se recusam a funcionar em versões mais antigas do Microsoft Windows, forçando as atualizações do sistema completo para o que é, essencialmente, uma troca do formato de documentos.

Este comportamento não se limita à Microsoft, mas também para empresas de software proprietário que produzem produtos para o Windows. A Adobe regularmente atualiza seus softwares para corrigir falhas que permitem aos usuários contornarem as medidas restritivas em seus leitores de PDF, e a Apple usou sua aplicação de Atualização de Software no Windows para coagir os usuários do iTunes a instalar o navegador web Safari.

Como o software livre acaba com este problema: Todo mundo que usa o software tem acesso ao código-fonte, isso cria três opções distintas para promover suporte para o software para além de qualquer suporte que deve ser oferecido pelos desenvolvedores do software: Em primeiro lugar, um subconjunto de usuários do software pode decidir continuar a apoiar o produto com as próprias atualizações e correções de erros -- um grupo chamado Fedora Legacy fez isso para o Red Hat 7.3 e Red Hat 9, por vários anos após atualizações oficiais terem cessado. Em segundo lugar, um novo projeto pode decidir continuar o desenvolvimento do software por si só, oferecendo aos usuários uma opção de atualização alternativa sob a forma de uma nova versão ou distribuição do software. Finalmente, o usuário pode contratar um desenvolvedor independente de software, ou uma equipe de desenvolvedores para continuar a melhorar e manter o software.

Privacidade e a Microsoft

De quem o seu computador deveria seguir as ordens?

A maioria das pessoas acham que seus computadores deveriam obdecê-las, não obedecer outros. No entanto, com um plano que eles chamam "computador confiável" e softwares que eles chamam de Vantagens do Windows Original, a Microsoft e outras empresas estão planejando fazer o seu computador obedecê-los ao invés de você, e isso tem sérias consequências para sua privacidade.

Desvantagens do Windows Original

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Windows Genuine Advantage (WGA) é um sistema da Microsoft para remotamente verificar o seu computador. WGA vasculha várias partes de seu disco rígido para assegurar à Microsoft que você está executando um versão "aprovada" do Windows. WGA é um sistema de monitoramento obrigatório e se a Microsoft decidir que você não está "aprovada", pode disabilitar a funcionalidade de seu computador. Atualmente a Microsoft confirma que o WGA checa:

  • Fabricante e modelo do computer
  • Informações da BIOS
  • MAC address (endereço físico contido em dispositivos de rede)
  • Uma numeração única assinada para seu computador - Globally Unique Identifier or GUID
  • Número serial do disco rígido
  • Configurações de região e idiomas do sistema operacional
  • Versão do sistema operacional
  • Resultados de validação e instalação.
  • Chave de produto do Windows ou Office
  • Windows XP product ID

WGA tem causado vários problemas relacionados a privacidade, incluindo a remoção de software. WGA é automaticamente atualizado como parte das atualizações críticas da Microsoft, dando aos usuários a escolha senão aceitar as mudanças nos sistemas que a Microsoft podem monitorar. Muitos alegaram que o WGA é um spyware, e embora a Microsoft tenha negado tal intenção, eles mantêm o poder de decidir o que conta como uma invasão de sua privacidade.

Para o Windows 7 eles estão mudando o nome do produto para Windows 7 Activation Technologies (WAT), mas a funcionalidade continua a mesma.

A versão da Microsoft do esquema de "Computador Confiável" é chamada "Palladium". Programas proprietários incluíram funcionalidades maliciosas antes, mas Palladium ultrapassou o limite.

Hollywood e as gravadoras usarão o Palladium para assegurar que vídeos baixados e músicas só possam ser tocadas em apenas um computador específico e o compartilhamento de arquivos 'autorizados' será inteiramente impossível.

Tornar o compartilhamento impossível já é ruim o suficiente, mas fica pior. Existem planos para usar a mesma funcionalidade para e-mails e documentos--resultando em e-mails que desaparecem em duas semanas, ou documentos que só podem ser lidos nos computadores de uma empresa.

Imagine se você receber um e-mail do seu chefe ordenando que você faça algo que você acha que é arriscado, um mês depois, quando tudo dá errado, você não pode usar o e-mail para demonstrar que a decisão não foi sua. "Tudo por escrito" não te protege quando a ordem é escrita em tinta invisível.

Computação traiçoeira coloca a existência de sistemas operacionais e aplicações livres em risco, porque você pode não ser capaz de executá-los pra qualquer fim.

Algumas versões da computação traiçoeira exigem que o sistema operacional seja especificamente autorizado por determinada empresa. Sistemas operacionais livres não podem ser instalados. Algumas versões da computação traiçoeira irão exigir que cada programa seja especificamente autorizado pelo desenvolvedor do sistema operacional.

Você não poderá executar aplicações livres em tais sistemas. Se você descobrir como fazer isto, e disser a alguém, poderia estar cometendo um crime.

Mantenha-se informado — cadastre-se em nossa lista de e-mail Windows 7 Sins

A Free Software Foundation leva sua privacidade muito a sério. Por favor leia nossa política de privacidade.

A alternativa? Com software livre você tem liberdade!

Usar software livre é fazer uma escolha política e ética afirmando o direito de aprender, e compartilhar o que aprendemos com os outros. O software livre tornou-se a fundação de uma sociedade de aprendizagem, onde partilhamos o nosso conhecimento de uma forma que outras pessoas possam aproveitar e desfrutar.

E se houvesse um grupo mundial de programadores éticos e talentosos voluntariamente comprometidos com a idéia de escrever e compartilhar software uns com os outros e com qualquer outra pessoa que concordou em compartilhar da mesma forma? E se alguém pudesse ser fazer parte e beneficiar a comunidade, mesmo sem ser um perito de computador ou saber nada sobre programação? Nós não teríamos que nos preocupar em ser pegos copiando um programa útil para os nossos amigos, porque não estaríamos fazendo nada de errado.

De fato, tal movimento existe, e você pode ser parte dele.

Aprenda mais sobre o movimento do software livre.

Windows 7 Pecados — A batalha contra a Microsoft e o software proprietário

A nova versão do sistema operacional da Microsoft, o Windows 7, tem o mesmo problema que o Vista, XP, e todas as versões anteriores tem tido -- é software proprietário. Não é permitido a usuários compartilhar ou modificar o software Windows, ou examinar como ele trabalha por dentro.

O fato de que o Windows 7 é proprietário significa que a Microsoft exerce controle legal sobre seus usuários através de uma combinação de direitos autorais, contratos, e patentes. A Microsoft usa este poder para abusar de usuários de computadores. Em windows7sins.org, a Free Software Foundation lista sete exemplos de abusos cometidos pela Microsoft.

Enviamos uma carta para 499 empresas da Fortune 500 (não achamos que a Microsoft escutaria), mas isso é apenas o começo...

Também enviamos outra carta para 500 grupos sem fins lucrativos ao redor do mundo.

Adoraríamos enviar mais cartas para as pessoas que decidem pelo Windows 7 que outros tenham identificado dentro de suas organizações ou comunidade, e com sua ajuda nós podemos.

Se você doar 25 dólares, iremos enviar mais 50 cartas, doando $100 iremos enviar 200 cartas e assim sucessivamente.

Envie-nos suas sugestões sobre organizações que se beneficiariam com nossa carta.

1. Envenenando a educação: Hoje, a maioria das crianças que utilizam computadores para educação estão sendo ensinadas a usar o produto de uma companhia: a Microsoft. A Microsoft gasta grandes somas em marketing e lobistas para corromper os serviços educacionais. Uma educação com o poder dos computadores deve ser um meio para a liberdade e a autonomia, não uma avenida para uma corporação para incutir o seu monopólio.

2. Invadindo sua privacidade: A Microsoft usa software com nomes enganosos como Vantagens do Windows Original para inspecionar o conteúdo do disco rígido de usuários. O termo de licenciamento que deve ser aceito pelos usuários antes de iniciar o uso do Windows avisa que a Microsoft tem o direito de fazer isso sem aviso prévio.

3. Comportamento monopolista: Quase todos os computadores do mercado tem Windows pré-instalado -- mas não por escolha. A Microsoft dita os requisitos dos vendedores de hardware, que não oferecerão PCs sem Windows instalado neles, apesar de muita gente solicitar isso. Mesmo computadores disponíveis com outro sistema operacional como o GNU/Linux pré-instalado, na maoria das vezes tiveram o Windows instalado neles primeiro.

4. Aprisionamento: A Microsoft regularmente tenta forçar atualizações a seus usuários, removendo suporte para versões mais antigas do Windows e Office, e inflando os requisitos de hardware. Para muitas pessoas, isso significa ter que jogar fora computadores em boas condições de uso só porque eles não satisfazem os requisitos desnecessários para as novas versões do Windows.

5. Abusando dos padrões: A Microsoft tem tentado bloquear a padronização de formatos de documentos livre, porquê padrões como OpenDocument Format ameaçariam o controle que eles tem agora sobre os usuários através dos formatos proprietários do Office. Eles tem um comportamento dissimulado, inclusive subornando funcionários, em uma tentativa de impedir tais esforços.

6. Reforçando DRM (sigla em inglês para Gestão de Direitos Digitais): Com o Windows Media Player, a Microsoft trabalha em conluio com a indústria do entretenimento para desenvolver restrições na cópia e execução de mídia em seu sistemas operacional. Por exemplo, a pedido da NBC, a Microsoft impediu os usuários do Windows de gravar programas de televisão, que legalmente eles teriam o direto de gravar.

7. Ameaçando a segurança dos usuários: O Windows tem uma longa história de vulnerabilidades de segurança, permitindo a disseminação de vírus e permitindo que usuários remotos assumam o controle dos computadores das pessoas para usá-los como disseminadores de spam (botnets). Como o software é secreto, todos os usuários são dependentes da Microsoft para corrigir esses problemas -- mas a Microsoft tem seus próprios interesses de segurança, não de seus usuários.

Você pode ajudar!

Sistemas operacionais livres como o GNU/Linux podem fazer os mesmos trabalhos que o Windows, mas eles incentivam os usuários a compartilhar, modificar, e estudar o software o quanto eles quiserem. Isso significa que usar um sistema operacional livre é a melhor forma de usuários escaparem da Microsoft e evitar tornarem-se vítimas desses sete pecados. Software e computadores sempre terão problemas, mas usando software livre, usuários e suas comunidades tem o poder de corrigir problemas por eles mesmos e pelos outros.

Você pode obter mais informações sobre cada um dos pecados e como escapar deles em windows7sins.org. Por favor registre-se para receber notícias da campanha e alertas para ajudar a aumentar a conscientização sobre os abusos da Microsoft, os problemas com Windows 7, e a importância do software livre!

Como chegamos até aqui

Há dois anos, a Microsoft lançou o Windows Vista, para pouca satisfação e muito desapontamento, ambos dos usuários, face a batalha de softwares corrompidos, drivers incompatíveis e restrições pesadas, e de desenvolvedores, lutando para trazer softwares atualizados para trabalhar com o novo sistema.

 

Há dois anos, a Microsoft admitiu que o Vista fracassou. Os usuários não estavam prontos para aceitar a enorme decadência que o Vista oferecia, e a Microsoft tentou retificar isso com o anúncio do Windows 7. O Windows 7, assim como o Windows XP em 2001, vem com um linha de requistos mais modesta, tornando-o ideal para netbooks de baixo consumo. Entretanto, ao contrário do Windows XP, a Microsoft deliberadamente aleijou o Windows 7, deixando usuários de netbook a mercê da Microsoft para controlar que aplicações eles podem usar, assim como o número de aplicações que eles podem executar simultâneamente.

A Microsoft está usando seus truques novamente -- só que desta vez, eles estão também inserindo restrições artificiais no próprio sistema operacional. Enquanto não é a primeira vez que eles fazem isso, este é o primeiro lançamento do Windows que pode magicamente remover as limitações comprando-se uma versão mais cara da Microsoft.

Isso porém não é novidade. Em 1996, um furor eclodiu sobre o Microsoft Windows NT. Na época, a Microsoft estava vendendo duas versões de seu sistema operacional: Windows NT Workstation e Windows NT Server. A versão servidor custava aproximadamente 800 dólares a mais do que a versão para estações de trabalho do sistema operacional.

 

Enquanto o Windows NT Server incluia uma série de aplicações de servidor não incluídas com o NT Workstation, a Microsoft afirmou que os sistemas operacionais eram, "dois produtos muito diferentes destinados a duas funções muito diferentes". O NT Server, afirmou a Microsoft, era adequado e adaptado para uso como um servidor de Internet enquanto o NT Workstation era grosseiramente inadequado. Com o objetivo de reforçar esta diferença, ambos o código do NT Workstation e o contrato de licença de uso restringiam os usuários a não estabelecer mais de dez conexões TCP/IP (ou seja, Internet) concorrentes; enquanto o NT Server manteve-se ilimitado.

Muitos usuários notaram que ambas as versões do Windows NT eram muito similiares. Indo mais longe, uma análise publicada pela O'Reilly and Associates revelou que o núcleo, e de fato todos os arquivos binários incluídos no NT Workstation, eram idênticos aos comercializados no NT Server. A única diferença entre os núcleos dos dois produtos era a informação da versão instalada -- a versão servidor continha várias opções ou marcações que marcavam tanto como 'Workstation' ou 'Server'. Se a máquina estava marcada como 'Workstation', ela deveria desabilitar certas funcionalidades e limitar o número de conexões de rede.

Nós chamamos cada uma das limitações de anti-funcionalidade. Uma anti-funcionalidade é uma funcionalidade que um desenvolvedor tecnológico cobrará usuários para não incluí-la -- é mais difícil para a Microsoft limitar conexões de Internet que deixá-la sem restrições -- e a limitação é algo nenhum usuário pediria.

Infelizmente, para as empresas e indivíduos tentando impor anti-funcionalidades, usuários cada vez mais frequentemente tem alternativas em software livre. Liberdade de software, em contrapartida, faz as anti-funcionalidades impossíveis na maioria das situações. O preço predatório do NT da Microsoft é impossível para o GNU/Linux, onde usuários podem programar ao seu redor.

Uma versão do Firefox financiada por anúncios também seria impossível--usuários simplesmete desenvolveriam e compartilhariam uma versão do software sem esta anti-funcionalidade em questão.

Para finalizar, a ausência de anti-funcionalidades de forma similiar é uma das mais fáceis vitórias para o software livre. Não custa nada para desenvolvedores de software livre para evitar anti-funcionalidades. Em muitos casos, não fazer nada é exatamente o que usuários que e o que o software proprietário não dará a eles.

Recursos

  • Flyer
  • Flyer

Estaremos adicionando mais em breve. Se você tem um folheto para contribuir, favor envie-o para campaigns@fsf.org.

© 2009 Free Software Foundation, Inc

Bill Gates/Jesus cartoon by Phil Garcia and Don Berry. Verbatim copying and distribution of the cartoon are premitted without royalty in any medium provided this notice and the copyright notice are preserved.

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FSF lança campanha contra Windows 7 e software proprietário

Traduções desta página.